24 de fevereiro de 2010

Madeira

 
Impressiona-me a violência das imagens, a frieza dos números, a realidade, o dia-a-dia de pessoas que tudo perderam e pensar que tantos ficaram sem vida.
 
Os CTT estão a recolher bens essencias para enviar para a Madeira. De uma forma muito simples. É só ir a um balcão e pedir a caixa solidário, escolher no destinatário Madeira e a ajuda chegará a quem mais precisa. Para ver aqui.
 
Eu vou ajudar. E tu?
 
 
 

23 de fevereiro de 2010

Onde está?!?

A sério que me interrogo onde pára a humildade, o profissionalismo, o empenho…

 

Há umas semanas tive necessidade de contratar 3 pessoas, para acompanharem um projecto, com carácter temporário.

Recorri a uma empresa de recrutamento temporário, fiz entrevistas e seleccionei 3 candidatas que cá estão, a fazer o trabalho para o qual foram contratadas, das 9 às 18h. Quer dizer… teoricamente das 9h às 18h.

Eu explico. Se nos primeiros dias eu chegava à empresa às 9h e as 3 almas já cá estavam e saiam às 18h em ponto… Dias após dia a coisa foi mudando. Principalmente com uma delas. Talvez a apalpar terreno começou por sair às 17.55h. Depois passou para as 17.50h e nos últimos tempos, 17.30h/17.40h e era vê-la levantar-se da cadeira e desaparecer. Se me perguntarem se o trabalho está a ser bem feito? Está. Se ela entra mais cedo e decide compensar saindo mais cedo. Talvez (não sei porque não chego antes das 9h para ver). Agora ser contratada para um trabalho das 9 às 18h, de 2ª à 6ª e achar que se pode sair mais cedo, porque sim, é coisa que não percebo.

 

Concordo que são as 3 licenciadas (uma delas até tirou a mesma licenciatura que eu), que estão a trabalhar numa situação precária. Ou melhor dizendo, nada que tenha a ver com as áreas em que se licenciaram, a trabalhar através de uma empresa de trabalho temporário, mas porra eu quando entrei nesta empresa, há 10 anos, tinha acabado de me licenciar, vim através de uma empresa similar, fazer um trabalho similar e 4 meses depois fui convidada para integrar os quadros, numa função que tinha tudo a ver com a área em que me licenciei. Porquê? Acredito que por ter feito um bom trabalho. Por me ter empenhado. Por chegar antes das 9h e sair à hora que fosse preciso. Por ser competente. Por estar disponível. Disponível para aprender e para trabalhar. E não vejo isto nesta pessoas. Então não estamos em crise? Não precisam de trabalhar (como me disseram nas entrevistas)?

Melhor ainda. Ou pior ainda. Foram chamadas à atenção para a obrigatoriedade de cumprir o horário de saída (não por mim, mas pela responsável da empresa de recrutamento, com quem ontem falei pedindo que esclarecesse o ponto) e tchanam… temos damas ofendidas. Não olham para mim. O bom dia ou boa tarde é dado sem levantar os olhos do computador e acabo de receber um e-mail da menina problema, a informar que vai sair às 17.33h porque entrou hoje às 8.33h. Sim, eu disse a informar. Está escrito assim, ipsis verbis.: "Após a recepção do e-mail da xpto acerca do horário de entrada  e saída e após ter falado com a mesma por telefone, o horário de entrada e saída será das 9h-18h. Gostaria ainda de informá-la que hoje sairei às 17h33 porque entrei às 08h33". Apetece-me chamá-la e perguntar-lhe qual a parte do contrato de trabalho que assinou onde está, preto no branco, o horário de trabalho, é que não percebeu.

 

Limitei-me a respirar fundo e pensar que amanhã é outro dia. E que tenho tantos problemas que este não será mais um. E que preciso de ter este projecto pronto em Abril e que se a mandar embora agora, tenho que recrutar nova pessoa, novo tempo de aprendizagem e não me posso dar a esse luxo. Se pudesse, hoje seria o dia de dizer a alguém que não dá. Que não serve. Que não cumpre.

 

Como diz o pediatra da M… Há pessoas que não tomam chá em pequeninas e depois dá nisto.

22 de fevereiro de 2010

bicho do mato

A semana foi para lá de cansativa. Dormi pouco toda a semana, mas 6ª feira estava animada com a perspectiva de uma Girls Night (um jantarinho de amigas, em casa de uma de nós). Pensei vou divertir-me. Dizer asneiradas e ouvir asneiradas. Não foi bem assim a história. O jantar estava animado. Muita converseta apesar de sermos menos do que habitual. Das 8 pessoas presentes, uma é minha amiga há mais de 10 anos (a melhor?), outra é minha conhecida há 7 ou 8 e recentemente posso dizer que somos amigas. Todas as outras entraram mais recentemente na minha vida. Há coisa de 6 meses. Com uma ou 2 tenho mais intimidade. Com as outras nem por isso. Uma das meninas lembrou-se de fazermos um jogo quando estávamos na sobremesa. Cada uma das presentes tinha que indicar a característica que melhor identificava cada uma das outras pessoas. E f*d @-se a verdade é que não estava preparada para o que dali veio.

Tirando as 2 pessoas de quem vos falei antes, todas as outras pessoas disseram que a característica com que me definiriam era a timidez ou ser uma pessoa discreta. Quem me conhece (e uma das presentes conhece-me mais que bem), percebeu na minha cara o meu enfado. Eu sei que sou uma pessoa recatada. Não sou de grandes conversas ou confianças com pessoas que não conheço. Se sou tímida? Sou. Se sou recatada? Sou. Se sou discreta? Sou… Mas sou tantas outras coisas… E a este jogo simples bateu-me forte que muitas vezes tenho pensado no tema (embora sem o confessar).
 
Serei assim tão bicho do mato? Será que é apenas isto que mostro às pessoas? Eu juro que quero acreditar que não…

19 de fevereiro de 2010

Pintar um carro com verniz de unhas

 
Se me dissessem e não visse com os meus olhos, diria que era mentira.
 
Uma excelente campanha de marketing viral da Fiat, para promoção do Fiat 500 Pink. Para ver aqui.

Sócrates chamou-lhe um Figo

 
Sou ingénua. Uma ingénua informada, que até teve 2 anos uma cadeira de marketing político, mas foi avisada para profissionalmente não ir por aí, que para fazê-lo à séria devia emigrar para os States ou para o Brasil (onde a coisa começava a pegar).
 
Quando a figura Sócrates apareceu, lembrei-me dos tempos ido de faculdade e das aulas apaixonantes de marketing político e pensei: Eh lá, que afinal já se vai fazendo qualquer coisa por aqui. É clara a mão de algum especialista na matéria na construção da personagem. Contra isso, nada.
Sou apartidária pelo que me é completamente indiferente de que partido é este ou aquele. Voto pelas ideias em que acredito e por comprar ou não o projecto e a pessoa que lhe dá rosto. O personagem Sócrates surgiu na altura que o País mais necessitava. Um político com pinta, com estilo, foi considerado um dos políticos mais elegantes e charmosos (parece coisa de actor de cinema, mas não... é o primeiro Ministro de Portugal).
Não digo que noutros governos a coisa não tenha sido igual. Se calhar eu é que não tinha maturidade (nem interesse absolutamente nenhum, diga-se) em ler sobre o tema, em manter-me informada.
 
Os recentes escândalos (e os não tão recentes, como o Freeport) têm-me levado a crer que podem ter escolhido a pessoa errada para o personagem. Mais ainda, têm-me levado a pensar que raio de liberdade é esta em que vivemos em que vivemos agrilhoados (muitas vezes, sem sequer darmos conta) a uma ditadura em que a informação é controlada e liberada ou castrada, de acordo com interesses superiores. E vimos já a Manuela Moura Guedes (cujo estilo não me convence) e o Mário Crespo, na mira do lápis azul.
Na semana passada foi notícia da vontade do governo em dominar e comprar um grupo de media, liderado pela PT com os seus administradores maravilha: não admira que a OPA (nada hóstil e que deu milhões a muitos... que o diga o Joe Berardo) da Sonae sobre a dita empresa, não tenha avançado. Com mão do governo pois claro. E que mão...
Hoje, acabo de ler que o Figo, o meu ídolo dos tempos de menina e moça, estará também embrulhado na teia. Porque terá recebido 250 mil euros anuais da PT (pasme-se) para apoiar a candidatura do senhor Primeiro Ministro. Pergunto-me se tinha necessidade. Até acredito que o dinheiro tenha sido para a fundação que o senhor detem. Mas vale a pena? Ser solidário e fazer o bem, desta forma obscura? A mim parece-me errado. Maiss errados ainda me parecem estes jogos em que governo e PT usam e abusam do velho ditado que diz que uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto...

18 de fevereiro de 2010

E para minha surpresa o chocolate de leite marca continente, não é mau.
Para minha surpresa e desgraça, que mais de meio já lá vai...
Preferia milka.
Mas marcha.
Maldita tpm.

Tivesse eu 22 anos e seria diferente

 
Entrei para a empresa onde ainda hoje estou, há 10 anos, fresquinha que nem uma alface e acabada de sair da faculdade. Experiência profissional basicamente nula, mas com muita vontade de aprender, de ajudar, de fazer deste projecto meu.
10 anos passados, 5 funções diferentes, sei que não sou quem fui. Tenho a humildade de reconhecer que aprendi imenso aqui. Que conheci fantásticos profissionais que me ensinaram tudo o que sei (esqueçam lá a faculdade, que diria que 90% do que lá aprendi não serviu para absolutamente nada).
O ânimo não é o mesmo e fui aprendendo à custa de muitas cabeçadas que há mesmo pessoas más e que o mundo não é cor-de-rosa (acreditei que o mundo era rosa até ao meu 2º ano da faculdade - um dia conto-vos esta história).
 
Sei que hoje tive um chefe com a distinta lata de querer escrever num papel cada pequena coisa que faço, com horas para tudo e mais alguma coisa. A seguir ia pedir-me certamente que lhe solicitasse autorização de cada vez que queira ir ali à casa de banho verter águas...
Sim, eu posso contratar 3 pessoas novas para integrar a equipa, ficar responsável pelo recrutamento, como aconteceu ainda este mês... Mas não sou dona das 8h do meu dia de trabalho...
Pois que bateu à porta errada... Não o pediu de forma directa. Se o tivesse feito, se calhar até lhe tinha dito que não mas que admirava a lata que tinha de me pedir... Pediu-o de forma velada... Apenas para justificar que não tenho espaço para abraçar apenas mais 243 projectos novos que me querem passar (coisa pouca, se pensarmos que tipicamente num ano fantástico, consigo chegar a concluir 35). E, nota importante, sem deixar de fazer, tudo o que faço hoje (que por acaso, só por acaso é mais do dobro do colega com quem partilho funções, que tem 25 anos, está na empresa há 2 anos e ganha bem mais do que eu! - mas esta também é outra história!).
Como o pedido foi velado e disfarçado de boa acção (dream on...) e já que, modéstia à parte, o meu rápido raciocínio sempre foi um bom aliado, cheguei lá antes mesmo da primeira frase estar terminada. Mas deixei-o falar até ao fim. Mais de 2 horas... E falou, falou, falou, falou... Chegou ao fim e disse-lhe: Agora é a minha vez de falar. O que me estás a pedir é que eu te dê um relatório do que faço a cada dia, com horários para cada uma das coisas, certo? Resposta tímida e já de voz tremida: Não é bem isso... Preciso de justificar que não posso passar-te mais trabalho. Resposta: Já percebi o motivo e agradeço muito a tua sincera preocupação. O que faço está no diccionário de competências interno, os meus projectos foram seleccionados por ti e por quem manda em ti. Assim sendo e olhando para o que o resto da equipa tem que fazer, proponho que nos sentemos todos, eu compro uns horários escolares (ou tiro da net) e preenchemos um cada um, com o que fazemos a cada dia, nos respectivos horários. Partilhamos e fotocopiamos para todos. Incluindo o teu. Alinhas?! Resposta enfurecida do pseudo-chefe: Não estás a perceber... Outro eu: Estou a perceber perfeitamente, mas como não quero que me protejas só a mim, mas a toda a equipa, incluindo a ti próprio, parece-me justo que façamos o exercício todos, evitando que o justificar que não tenho tempo para novos projectos (pouca coisa...), vá prejudicar outro colega.
 
E a conversa terminou com a resposta: "É um bom ponto. Vou pensar a melhor forma de o fazermos".
 
E aposto que a conversa ficou por aqui.
 

17 de fevereiro de 2010

Desafio

 
Há uns dias, a Suzy (Obrigada!!!) presenteou-nos com um selinho e desafio. Não consigo publicar agora a imagem, mas cá ficam as respostas:
 

a) Tens medo de quê?
Do escuro, de perder quem amo.

b)Tens algum guilty pleasure?
Comer chocolate

c) Farias alguma "loucura" por Amor/Amizade?
Faria. Sem dúvidas.

d) Qual o teu maior sonho? [não vale responder: Paz,Amor e Felicidade ;)]
Só 1? Dar a volta ao mundo, ganhar o euromilhões…


e) Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo? [não vale brincar]
Isolo-me sempre. É sempre assim que começa. Só depois de ter as coisas encaixadas na minha cabecita é que consigo dar o passo seguinte e pedir o necessário colo

f) Entre uma pessoa extrovertida e outra introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Introvertida. Desconfio de pessoas muito extrovertidas e exuberantes

g) Sentes que te sentes bem na vida, ou há insatisfação para além do desejável?
Acho que se pode viver com as 2 coisas. Sinto-me bem na vida e tenho momentos de insatisfação. Se estes não existissem não iria evoluir nadinha.

h) Consideras te mais crítico ou mais ponderado?
Sou crítica. Eu sei que sou. E exigente como o caraças. Comigo. Com os outros

i) Julgas te impulsivo, de fazer filmes... paciente, ou...? (define o que te julgas no geral)
Sou impulsiva e gosto de agir por instinto. Apesar de tudo, com o passar dos anos, tenho-me controlado mais e sido mais paciente. Mas ainda assim, a paciência não é o meu middle name.

j)Consegues desejar mal a alguém e eventualmente concretizar? [responder com sinceridade]
Desejar mal, consigo sim. Querem uma lista??!?! Mas daí a concretizar-se….

k) Contens-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)
Não contenho nada. Se tiver vontade, tá feito. Sou uma pessoa de afectos. Não tenho vergonha de dizer que amo e de o mostrar



l) Qual o lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Olha que boa pergunta. Nem eu sei.

m) Casamentos Homossexuais e direito à adopção?
Sim e sim.

n) O que te faz continuar o blog?
Ainda agora começou. E vai continuar enquanto me der prazer. Se um dia me chatear, fecho a tasca.

o) O número de visitas ou de comentários influencia o teu blogue?
Não influencia o que escrevo. Aliás se fosse por aí, não escreveria…


p) Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria ela?
Não percebi bem esta pergunta…

q) Deviam haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Não me assusta. Mas também não me entusiasma.

r) Sabes brincar contigo mesmo e rir com quem brinca contigo? (Sem ironias)
Então não sei?!?! Sou a primeira a rir-me de mim.

s) Já agora, qual ou quais os teus piores defeitos?
Diria característica: não levo desaforo para casa. Não me calo, não deixo nada por dizer.

t) E em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Ser uma boa mãe


u) Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Um telemóvel. Porque nele posso ter o que me dá a televisão e o computador. Um tudo em um.

v) Elogias ou guardas para ti?
Elogio. Se achar merecido, elogio.

w) Tens a humildade suficiente para pedir desculpa sem ser indirectamente?
Toda a humildade.

x) Consideras- te, grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Não me parece que as duas sejam antagónicas. Sou muito pragmática mas sou igualmente muito sensível.

y) Perdoas com facilidade?
Aqui é que a porca torce o rabo. Ou que o gato foi às filhoses. Pois que não, não perdoo com facilidade (e mesmo sem facilidade, não perdoo na mesma). Habitualmente digo que perdoo mas não esqueço.

z) Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
Perder quem amo.


Teria que passar o desafio a 5 blogues, mas deixo-o por aqui a quem queria responder.

15 de fevereiro de 2010

I´m lost

 
Sinto-me longe de mim. Perdida do que fui. Do que sou. Não me reconheço. Sinto que algures entre a azáfama de um trabalho exigente, de ser mãe, filha, mulher, amiga... Não sei mais quem sou. Nunca me tinha visto em tal cenário. E receio que demore a encontrar-me. Que demore demasiado a encontrar-me.
Não sei quando começou esta espiral em que me perdi. Se soubesse, bastava regressar ao momento e recuperar o que fui. O que sou. Mas não tenho sequer uma pista. Estou perdida. Sinto a cabeça oca. O coração vazio. Sinto que não amo os que amo, como devia amar. Sinto que não me amo a mim. E por vezes já dou por mim num estado catatónico em que não sinto. Tenho medo. Não receio reconher que estou perdida. Não receio reconhecer a mim própria. Aos outros é outra cantiga. Tenho reacções que sempre condenei. Dou por mim a questionar tudo. Sempre fui uma pessoa de interrogações, mas nunca me senti perdida de mim. A única certeza que sempre tive, foi quem era, quem queria ser. Por vezes perdia-me no caminho, mas tinha noção que havia um plano, que tinha um mapa...
Hoje não tenho nada.
Se pode ser apenas uma fase?... certamente. Se acredito que seja apenas uma fase?... Não. Não acredito.
Tenho dado voltas e voltas na cama antes de dormir, para tentar perceber-me.Continuo a saber o que quero (?!? será que sei) mas tenho tantas, tantas dúvidas.
A vida tem-me pregado partidas. Eu tenho pregado partidas à vida. Tenho uma benção na minha vida, a minha M, que para além de linda, irradia luz. E sinto que sorve grande parte das minhas energias. Ando a desafiar o F para umas férias a dois, com sol e calor. Mas assim que o desafio, sinto que gostava de levar a M comigo. Talvez porque tenho receio de estar sózinha com o F. Mais do que isso sózinha comigo. Será possível alguém desaprender a amar? Será possível que eu tenha deixado de conseguir amar alguém para além da M? Estarei louca? Estarei sã e terei apenas conhecido uma nova forma de amor. Um amor sublime que faz todas as outras formas de amor, parecerem parcas e escassas?
Nunca me vi noutra igual. Escrevo à medida que vou pensando. Sem rumo. Sem destino.
Palavras e pensados desconexos que me assaltam e que fluem sem filtros para o teclado do computador.
Tenho tentado manter uma vida para além da M. Deixamo-la por vezes para jantar com amigos. Já a deixamos a dormir com os meus pais. Mas será esta uma interrogação natural da maternidade? Será natural que me tenha perdido? Que seja este o motivo deste meu estado de letargia que só se quebra com a M? Porque com ela eu rio com vontade, danço como se ninguém estivesse a ver... Um sorriso dela, um abraço... Mudam o meu dia. Muda a minha vida. E dou por mim a dar um abraço ao F e a não sentir o que senti. Será que o amor se perdeu? Será que deixei que o meu amor morresse? O estranho é que não o sinto apenas por ele. Sinto-me desligada do mundo. Sinto-me incapaz de amar condignamente os que estão na minha vida. Sinto que não sou eu. Alguém que sempre viveu de afectos. Que sempre defendeu a sensibilidade como a característica que mais aprecia no ser humano (para além da inteligência e do sentido de humor). Que admira alguém que tenha a capacidade de se emocionar. Será que eu perdi essa capacidade? Será que eu me perdi? Será que me vou encontrar? Será...

Os orientais não têm barba

 
Confesso a minha surpresa quando li este artigo... A sério que não têm?
 
Não sou louca por barbas, mas confesso algum encantamento por aquela barba de fim de dia ou de um dia para o outro (depende do homem que a usa, está claro!).
 
Ainda assim a Gillette quer entrar no mercado, apelando ao lado emocional. E nada melhor do que aproveitar a entrada do ano lunar a coincidir com o dia dos namorados (yach! odeio este dia...) e toma lá morangos, que é como quem diz, vamos entrar em força e mostrar-vos que apesar de não terem barba as máquinas manuais de barbear vos fazem imeeeeensa falta.
 
Se alguém dúvida do poder da publicidade, aqui está mais uma prova de que nos levam a comprar dezenas de coisas de que não precisamos para nada. Uma arte, claro está. Não interpretem mal que eu adoro publicidade (da boa, mesmo boa).
 
 
 
 

Sobre o Ídolos...

 
Já aqui tinha manifestado o meu apoio ao Filipe e a minha vontade que fosse ele o vencedor. Aconteceu e fiquei contente!! (votei nele e só não gritei porque a M tinha acabado de adormecer).
 
Momentos da noite:
  • Sentir a emoção daquele miúdo. Acreditar que é bem formado e que tudo aquilo foi verdadeiro e não encenação
  • Admirar a forma como não respondeu, sendo sempre atacado. Comigo não tinham tanta sorte!
  • Ouvir as desculpas da Diana para se enganar a cantar logo na primeira música e acertar algumas notas ao lado na seguinte. Humildade, menina, humildade.
  • Ver a Solange aos pontapés ao que estava no palco, no momento final, parecendo nem ali estar
  • A moca ou pseudo-moca do Reininho. Cantar ao vivo, não please
  • O Manzarra a dizer ao Boucherie para tirar as mãos dos bolsos
  • O show do Laureant... magnífico.... soberbo
  • Eu a M e o F a dançarmos como tolos ao som de Pearl Jam, by Filipe
 
 
 

11 de fevereiro de 2010

Alexander McQueen

 
De acordo com o site de celebrity gossip, TMZ, o estilista britânico Alexander McQueen ter-se-á suicidado.
Ao fazer uma pesquisa na net encontro a informação em fontes mais "sérias" pelo que, infelizmente, será verdade.
 
Uma novela que se desenrolará certamente. Com vários contornos que vão ser desvendados.
 
Fica a herança das criações fantásticas deste estilista de apenas 40 anos, que decide terminar com a própria vida, pouco tempo depois da mãe ter morrido.
 
RIP

5 de fevereiro de 2010

Turquesa

 
Adoro esta cor.
Desde sempre comprei aqui e ali uma ou outra peça desta cor que me cheira a mar e a céu de Verão. Que combina com os meus olhos e me faz sentir de bem com a vida. Uma mistura explosiva de azul e de verde. Com o melhor das duas cores.
 
Dizem que será a cor de 2010... Pois seja!
 

4 de fevereiro de 2010

been there, done that

Às vezes penso que vale a pena. Às vezes penso que não... Que seria mais feliz se me deixasse ir com a corrente...

A minha capa



Gosto de ti. Gosto de gostar de ti. Goste que gostes de mim. Goste menos que mostres pouco o quanto gostas de mim. Gosto que me abraces. Gosto que me acolhas. Gosto que me atures. Gosto que me beijes.

E sinto que ultimamente sou eu, que sempre mostrei, que sempre te dei cabo do juízo quando te sentia mais distante, que tenho vivido noutro planeta. Da mesma galáxia. Mas ainda assim, distante de ti. Mesmo partilhando contigo um tecto, um quarto, uma cama.

E ainda assim, mesmo nos momentos em que tenho estado mais longe, em que me tenho sentido menos eu, em que me perco de mim e dos outros, do que sou, do que quero ser, sinto-te aí.

És a minha capa. Tal e qual o saco da imagem que protege o pãozito. És assim para mim! E olha que tenho mesmo precisado de capas, de sacos. Tenho levado estalada até não poder mais. Sinto a vida numa espiral sem fim. Numa montanha russa (coisa que odeio) em que os momentos de acalmia são fugazes, em que sempre que subo um poquinho, a descida é a pique e veloz. Não gosto. Não gosto de não controlar a minha vida. Não gosto de incertezas. Não gosto de meias palavras. Mas gosto de ti. Gosto de ti.

Doodle 4 Google



Logótipo da Google desenhado por crianças. Mais uma ideia genial destes senhores que estão muito à frente!


3 de fevereiro de 2010

Ídolos

 
Ando há imensooo tempo com vontade de falar no tema, mais ainda de bater no Carlinhos (como lhe chama a Cláudia Vieira).
Ainda bem que foi embora. Aquele ar de que não parte um prato, falso a aceitar críticas e com risinhos a dizer: obrigado!, não me convence. Pode ser um bom artista, mas desconfio que não será boa pessoa.
E o comentário de mau perdedor no final, quando apelou ao voto da Diana, foi o momento mágico da noite. Em que o verniz estalou e o menino(a) mostrou as garras. Então não era amiguinho e gostava muito do Filipe?!
Sinceramente para mim tanto me dá que ganhe o Filipe como a Diana (acho que os 2 têm o que é preciso, embora ache a imagem dele mais aproximada ao protótipo do ídolo pop). Para mim está ganho: saiu o Carlos!
 
E dou comigo a pensar com os meus botões que fui conhecendo alguns Carlos na minha vida e que em todos a bitola comum é a falsidade e não serem boas pessoas... Será do nome?!?

Crespo...

 
Alerta: não vou falar de cabelo! Pelo que qualquer mente inocente que tenha aqui chegado na esperança de encontrar conselhos ou ideias sobre cabelos crespos, pode fechar já a janela ou optar por continuar a ler por sua conta e risco.
 
Falo-vos do absurdo, desta pseudo democracia em que vivemos. Em que a liberdade de expressão é pura miragem. Em que se calam os não alinhados. Em que se omite. Em que se bajula. Em que se diz que sim, porque quem manda quer. Nesta merda deste País de brandos costumes, interrogo-me que raio de conquistadores teremos sido. Será que tudo se perdeu no nosso ADN ao longo das gerações. Será que deixamos de ser rebeldes, contestatários, de acreditar, de procurar, de ser inconformados. Portugal deu novos mundos ao mundo, senhores. Os antepassados de todos e de cada um de nós devm andar às voltas nos túmulos... Fizemos uma revolução com cravos em 1974, pacífica, elogiada por muitos. Dou por mim a pensar que esta democracia não passa de farça, de uma manobra de make-up política que visa camuflar a dura realidade. E make-up foleira, diga-se.
Sinceramente não percebo que país é este, em que se apregoa a liberdade e onde se pisa, se extropia, quem quer que se coloque no caminho de quem manda.
Falo do caso do Mario Crespo, alvo tentativa de lápis azul por parte do governo e pior ainda, alvo dela por parte de um orgão de comunicação social, dito isento e livre de influências políticas. Mas onde é que vamos parar? Um destes dias, proibem o google ou o youtube, como a China ameaçou, ou mesmo o acesso à informação que circula na net (como na terra de Fidel). E a nossa história caríssimos compatriotas? Vamos cruzar os braços? Deixar sair incólume e com sorrisos falsos estampados em cartazes, quem manda nesta ditadura? Sou nova (não tanto como gostaria, ou sendo honesta, estou-me nas tintas para minha idade). Nasci após o 25 de Abril. Voto há 14 anos. Nunca tenho memória de acontecimentos semelhantes. Sou totalmente apartidária. Voto no programa com que mais me identifico, sem olhar para o partido que representa. Não votei Sócrates.
Falo das pressões nas empresas privadas (a realidade que conheço) em que a liberdade é mero exercício de semântica. Não existe. Se dizemos sim a quem manda, somos os maiores. Mesmo que o nosso valor seja nulo. Memos que não façamos a ponta de um corno. Se lutamos, se queremos mais, se temos ideias... Esqueçam lá isso e rápido que somos um alvo a abater.
O texto que denunciava a pressão nao foi publicado pelo JN mas acabou por ser publicado aqui.
Senhores e senhoras deste Portugal, se não nos revoltarmos, se não exigirmos que estas farsas terminem, não sei que mundo teremos em breve, não sei que País deixaremos para os nossos filhos.
 
 

Rosa Lobato Faria

Ontem recebi a triste notícia da morte desta senhora. Fiquei triste. Porque quando penso em Rosa Lobato Faria, penso numa senhora. E não falo em senhora, como espécie do sexo feminino. Falo em senhora. Em educação. Em subtileza. Em porte. Em humor inteligente. Em sentido crítico. Em elegância.
 
Neste achar subjectivo que é mero reflexo da percepção que criamos de quem vemos na televisão, de quem lemos nos livros, de quem ouvimos na rádio, digo-vos que acho que perdemos enquanto País, uma fantástica represente do que é ser português.
 
 

Hoje

Tenho tantas, mas tantas coisas para escrever que decidi dividir tudo em posts diferentes.
 
Começo pelo mais importante e que motiva a minha felicidade!
 
Há uns tempos que acompanho a luta desta menina linda contra a leucemia e graças ao facebook soube assim que cheguei à empresa que foi encontrado um dador compatível.
E caraças. Eu estava mal disposta. Vinha com cara de poucos amigos. Já chorei de alegria. Tenho um sorriso no rosto. E não, nunca a vi. Mas há seres humanos que tocam a nossa vida de uma forma profunda e eu acredito que não precisamos de os conhecer fisicamente.
 
Pela Cá que é uma menina guerreira de sorriso doce, por mim, por ti que me lês, inscrevam-se como dadores de medula óssea. Não doi. Não custa nada.
 

2 de fevereiro de 2010

Preparada

 
Ou talvez não.
 
Avaliação anual de desempenho dentro de 3,2,1...20 minutos