12 de janeiro de 2010

posso dizer asneiras?! posso?! só hoje...

 
Acabo de ter uma conversa acesa ao telefone com o F. O tema é o mesmo dos últimos tempos.
A empresa onde trabalha está a passar por dificuldades (ou pelo menos a fazer os empregados e respectivas familias, passar por elas) e ordenado que é bom ainda não temos...Supostamente seria pago 6ª feira passada, depois era ontem, depois hoje. Já para não falar no subsídio de Natal, que não pagaram. 
Ao ver que ainda não tinham depositado o dito do ordenado (não temos pais ricos, nem somos clientes do BES), enviei ao F uma sms a dizer que não conseguia viver assim e que agradecia que ligasse para quem manda naquela merd@ daquela empresa a explicar que temos compromissos assumidos e que não vamos falhar por culpa deles… Cagou para a minha sms (segundo ele, não viu...). Ligou-me agora, para me dizer que tinha ligado para quem manda (?!?) e o tinham informado que não tinham previsões para pagamento. Que estão a negociar com os bancos... E o estúpido calou-se.
E a tampa da minha panela saltou! Disse-lhe que lamentava que estivéssemos a passar por isto e que não o culpo a ele pela situação, mas que o culpo pela inércia, por não tomar uma decisão e ser firme. Disse-lhe que se ele não via problema em ter uma conta bancária a rondar zero eu vejo e que não estou habituada a viver assim. Que a matemática é simples e elementar até para mim que não percebo puto de números! Só com o meu ordenado não vamos lá, por isso temos que pensar em alternativas. Tem que arranjar outro emprego. Alguma coisa temos que fazer. E agora sim, já estou aqui de lágrima no olho, mas quando lhe disse isto tudo de enxurrada, mantive-me firme.
Posso ter sido injusta. Posso ter sido bruta. Mas o que sinto é o que disse. Não aguento mesmo. A passividade mexe comigo.
Portanto depois de contactar a segurança social e descobrir que os descontos que a empresa lhe faz no recibo de vencimento não são pagos, hoje prevejo uma noite animada com decisões complicadas.
 
Mas o que tem que ser, tem muita força...
 

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