3 de fevereiro de 2010

Crespo...

 
Alerta: não vou falar de cabelo! Pelo que qualquer mente inocente que tenha aqui chegado na esperança de encontrar conselhos ou ideias sobre cabelos crespos, pode fechar já a janela ou optar por continuar a ler por sua conta e risco.
 
Falo-vos do absurdo, desta pseudo democracia em que vivemos. Em que a liberdade de expressão é pura miragem. Em que se calam os não alinhados. Em que se omite. Em que se bajula. Em que se diz que sim, porque quem manda quer. Nesta merda deste País de brandos costumes, interrogo-me que raio de conquistadores teremos sido. Será que tudo se perdeu no nosso ADN ao longo das gerações. Será que deixamos de ser rebeldes, contestatários, de acreditar, de procurar, de ser inconformados. Portugal deu novos mundos ao mundo, senhores. Os antepassados de todos e de cada um de nós devm andar às voltas nos túmulos... Fizemos uma revolução com cravos em 1974, pacífica, elogiada por muitos. Dou por mim a pensar que esta democracia não passa de farça, de uma manobra de make-up política que visa camuflar a dura realidade. E make-up foleira, diga-se.
Sinceramente não percebo que país é este, em que se apregoa a liberdade e onde se pisa, se extropia, quem quer que se coloque no caminho de quem manda.
Falo do caso do Mario Crespo, alvo tentativa de lápis azul por parte do governo e pior ainda, alvo dela por parte de um orgão de comunicação social, dito isento e livre de influências políticas. Mas onde é que vamos parar? Um destes dias, proibem o google ou o youtube, como a China ameaçou, ou mesmo o acesso à informação que circula na net (como na terra de Fidel). E a nossa história caríssimos compatriotas? Vamos cruzar os braços? Deixar sair incólume e com sorrisos falsos estampados em cartazes, quem manda nesta ditadura? Sou nova (não tanto como gostaria, ou sendo honesta, estou-me nas tintas para minha idade). Nasci após o 25 de Abril. Voto há 14 anos. Nunca tenho memória de acontecimentos semelhantes. Sou totalmente apartidária. Voto no programa com que mais me identifico, sem olhar para o partido que representa. Não votei Sócrates.
Falo das pressões nas empresas privadas (a realidade que conheço) em que a liberdade é mero exercício de semântica. Não existe. Se dizemos sim a quem manda, somos os maiores. Mesmo que o nosso valor seja nulo. Memos que não façamos a ponta de um corno. Se lutamos, se queremos mais, se temos ideias... Esqueçam lá isso e rápido que somos um alvo a abater.
O texto que denunciava a pressão nao foi publicado pelo JN mas acabou por ser publicado aqui.
Senhores e senhoras deste Portugal, se não nos revoltarmos, se não exigirmos que estas farsas terminem, não sei que mundo teremos em breve, não sei que País deixaremos para os nossos filhos.
 
 

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